Quem é Otrão o Negríssimo?

Nascido em São Paulo, reclamante do posto de primeiro catador de latinhas da América Latina,formou-se autodidata em gênio filosófico e artístico, fundador do movimento Poética Pé na Porta. Partiu das terras brasileiras em direção ao Nepal em busca de inspiração material (fazer fortuna vendendo santinhos do Dalai Lama). Após trabalhar como estivador em Persépolis e marinheiro em navios que faziam a passagem entre o Golfo Pérsico e o Oceano Índico, converteu-se ao Mazdaísmo.

Defensor irredutível do Juízo Final, foi expulso da Índia por postular que o Budismo era uma religião de aceitação do mundo e insuflar as massas ao levante de desobediência civil violenta anti-bramanico-capitalista. Momento no qual sua vocação religiosa e novamente a busca por inspiração materialista (a venda de santinhos de Joseph Stalin)o levaram à URSS, quando passa a ser o principal representante da fusão entre zoroastrismo, budismo,islamismo e marxismo luxemburguista-benjaminiano.

Depois de ser expulso das masmorras siberianas e repetir o trajeto de Bakunin (estreito de Bering, Alasca, Canadá, Utah, Winsconsin, Nova York,Atlântico)de retorno à Espanha, onde fez conexões com o pensamento anarquista, ressucita o dadaísmo em pleno século XXI. O reencontro com sua cultura natal se dá ao topar num sebo com uma tradução de A Revolução Brasileira para o moldavo. Adiciona então ao seu pout-pourri ideológico o marxismo caiopradojuniorniano temperado pela orientação latinoamericana mariateguense.

Retorna ao Brasil como líder material (para vender santinhos de si mesmo)de uma banda punk com letras ácidas a respeito do mundo contemporâneo baseadas nos clássicos literários da Administração, Marketing e Auto-Ajuda.

Dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

Vinícius de Moraes